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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Os animais enxergam Cores?

Existem dois tipos de células sensíveis à luz no olho: os cones e os bastonetes, cujos nomes respondem à forma destas células. Cada uma delas é especializada em um aspecto distinto da captação de luz: enquanto os bastonetes respondem à intensidade luminosa (níveis baixos ou altos de luz), os cones lêem as freqüências da luz, que, na banda visível do espectro eletromagnético, são o que conhecemos como cores. Assim, os bastonetes nos ajudariam a ver de noite ou com pouca luz e os cones nos permitem perceber distintas cores. Tanto nos bastonetes como nos cones, existem moléculas de um tamanho relativamente grande que absorvem os fótons que chegam a elas e que são as que produzem finalmente impulsos elétricos no nervo óptico. A distinção de cores está baseada em dois aspectos: 1. A quantidade de cones diferentes que possua o animal: cada tipo de cone percebe uma freqüência luminosa diferente. Por exemplo, no caso do homem, possuímos três tipos diferentes de cones que respondem a três freqüências diferentes: luz azul, luz verde e luz vermelha. Possuímos até seis milhões de cones em nossa retina. 2. Como o cérebro do animal interpreta posteriormente a combinação das freqüências diferentes que recebe: para que um animal possa perceber um mundo em cores, precisa ter pelo menos duas classes diferentes de células sensíveis à cor em seu olho, os cones, e um cérebro que possa entender as mensagens que recebe destas células. Os casos de alguns animais: Um cachorro pode ver em cor, mas não tantas cores como os homens, já que possui só dois tipos distintos de cones. Por exemplo, o cachorro pode distinguir o azul do amarelo, do vermelho ou do verde, mas não pode distinguir o vermelho do verde. O esquilo e o gato possuem também só dois tipos diferentes de cones. Uma pomba pode perceber mais cores do que um humano já que possui até cinco tipos diferentes de cones. A borboleta possui quatro tipos diferentes de cones. Um tipo de camarão tem pelo menos 12 classes de células sensíveis à cor e provavelmente seja o animal que mais cores perceba.
No outro extremo, podemos encontrar casos de animais que não possuem cones e só disponha de bastonetes em seu olho. Eles não poderão perceber cor alguma, apens mudanças de intensidade de luz. Seu mundo é um mundo de sombras, no qual as sombras menos escuras correspondem a mais luz e as menos escuras, a menos luz. Este é o caso, por exemplo, das salamandras. Também não verá a cor um animal que, além de bastonetes, só possua um tipo de cone (são necessários dois, no mínimo, para distinguir cores). Assim, seu mundo não será em escala de cinzas como, no caso da salamandra, mas na escala da única cor que percebam seus cones. Isso é que acontece com o polvo. Existem no reino animal outros casos de animais que percebem um mundo de sombras mas não devido aos bastonetes de seus olhos, mas graças as manchas oculares, sistema parecido com os bastonetes localizados por todo o corpo. É o caso das minhocas de terra, que possuem centos destas manchas oculares sob a superfície da pele, perto de sua cabeça e de sua cola. Uma minhoca usa suas manchas oculares para permanecer em lugares escuros e frios. Se ela fica exposta ao sol por muito tempo, se desidrata e morre. O mesmo ocorre com os micróbios unicelulares, as sanguessugas e as medusas do mar. As estrelas do mar também vêem só luz e escuridão, mas mediante um mecanismo distinto: o das copas oculares. Elas têm uma copa cheia de células fotosensíveis dentro da ponta de cada braço (a propriamente denominada copa ocular). Uma estrela de mar pode ver em muitas direções movendo seus braços e pode projetar suas copas oculares para fora para ver melhor. Outros animais com copas oculares são os vermes marinhos, alguns moluscos, os crustáceos e as larvas de animais marinhos. A quantidade de bastonetes que um animal possui faz com que sua visão noturna seja melhor. É o caso de caçadores noturnos, como o cachorro. Os caninos vêem na escuridão de 4 a 5 vezes melhor do que o ser humano. Ainda há o caso de animais que possuem células sensíveis a freqüências que ficam em faixa do espectro eletromagnético não visível para os olhos humanos. É o caso das abelhas, que vêem a luz ultravioleta (UV), uma freqüência que é invisível para nossos olhos. As abelhas usam esta visão em UV para ver os padrões das pétalas florais, os quais lhe indicam onde se encontra o néctar.
A Visão dos Cães
"Todos os cães são míopes e têm uma visão ruim à distância. Algumas raças, pela característica anatômica dos olhos e da órbita, podem ter um menor grau de miopia. Esta miopia explica alguns ataques de cães a seus próprios donos à noite, quando o animal enxerga menos ainda e às vezes, pela direção do vento, não pode sentir o cheiro dos mesmos." As pessoas são capazes de andar repetindo coisas, absolutamente técnicas, sem sequer pensar um pouco no assunto. Lembre-se que já provaram que a terra era achatada, sustentada por quatro colunas as quais, ficavam nos cascos de quatro tartarugas gigantes.... só não conseguiram explicar onde ficavam essas tartarugas, que teriam que andar sincronizadas para não cair o mundo, e do que elas se alimentavam. Com essa estória é a mesma coisa, querem ver? Impressionante foi o fantástico oculista que fez o exame de vista nos cães para diagnosticar a miopia. Fico me perguntando quais teriam sido as letras que os cães teriam que ler, ou então, como o oculista hi-tech, que realizou o exame por computador, pediu que o cão ficasse paradinho, com a testa colada no anteparo, olhando fixo, dentro do cinescópio, para o sino da torre da igreja... etc. etc. Estudando, um pouco apenas, de etologia, leremos algo sobre o nível de importância dos sentidos caninos em relação aos sentidos humanos. Um cão não reconhece uma fotografia, mas é capaz de assistir televisão. Porque? Porque os cães não estão preocupados (como nós) com a forma dos objetos. Para eles, pouco importa se você tem olhos azuis, se usa barba, brincos, óculos ou outra indumentária qualquer. O importante para os animais são os rituais... do amor, de submissão e apaziguamento, da liderança etc. Quer dizer: o movimento. Na televisão, a imagem tem movimento.
Eles reconhecem o dono pela maneira com que se movimenta, sem se importar se está de máscara ou de batom. Se chegar de porre e falando mole, já viu, né? Assim como, para nós, o sentido da visão é o mais importante e, através do qual, reconhecemos as pessoas, o sentido mais importante para os cães é o olfato, através do qual, ele, ao nascer, antes de abrir os olhos e os ouvidos já encontra as tetas da mãe. "Atualmente, a hipótese mais aceita é a que os cães são capazes de enxergar apenas algumas cores, como azul e amarelo. As demais cores seriam detectadas como variações de cinza." Mais impressionado ainda fico com certas teorias que jamais poderão ser comprovadas. As pessoas viajam legal... Até hoje ninguém sabe como um daltônico vê. Só se sabe que certos comprimentos de onda não são percebidos ou são confundidos, por deficiência genética dos cones e bastonetes que formam a retina, mas ninguém jamais ficou daltônico e, menos ainda, deixou de ser daltônico para contar qual é a diferença. Tanto é que existe um teste... Você consegue ler o que está escrito dentro do círculo? Um daltônico não... e daí? Entretanto, esses cientistas hi-tech já sabem descrever até quais as cores que os cães não vêem. Alguns chegam até a afirmar, garantindo, que os cães vêem em preto-e-branco. (Fotos do livro A Linguagem das Cores de Bruno Tausz - 1976) O preto-e-branco não existe na natureza. Foi criado pelo homem para suprir sua incompetência de representar as cores: pegou um galho queimado e riscou na pedra das cavernas. As cores obtidas através de pigmentos de terra vieram depois. As fotos em preto-e-branco, também, surgiram devido a incapacidade inicial de representar as cores. O órgão da visão (independente de que animal seja) percebe os comprimentos de onda da luz refletida pelos objetos. Dependendo do pigmento, da cor, parte da luz incidente nos objetos será refletida e a outra parte absorvida, a retina será atingida e perceberá somente a porção de luz refletida. Os objetos de cor preta absorvem a totalidade das ondas eletromagnéticas do espectro visível incidente e os objetos brancos refletem todos os comprimentos de onda, independente da intensidade da luz incidente. Mais luz, o objeto parecerá mais claro, menos luz, mais escuro. Os cães vêm as formas e as cores da mesma forma que nós, só que a hierarquia de importância dos sentidos é completamente diferente da nossa: Humanos: 1- Visão; 2- Tato; 3- Audição; 4- Olfato; 5- Paladar. Caninos: 1- Olfato; 2- Audição; 3- Visão; 4- Tato; 5- Paladar O olfato, para os cães, é tão importante que três ou quatro minutos após o nascimento, com os olhos e os ouvidos ainda fechados, os nascituros conseguem, pelo faro, encontrar as tetas da mãe sem que ninguém lhes tenha ensinado. Pela seqüência, os ouvidos, abrem-se após alguns dias e o cachorro começa a se familiarizar com os sons ambientes. Aos dez para doze dias abrem-se os olhos. Entre os humanos, alguns já nascem abrindo os olhos... Os predadores, de acordo com a ecologia (equilíbrio das forças da natureza), também obedecem às leis do menor esforço e preferem caçar animais debilitados, moribundos e feridos. O instinto de caça excita os predadores, inclusive o cão, quando vêem um animal fugindo. É visceral, atávico! Por isso, a pior coisa que você pode fazer ao ficar com medo de um cão é fugir. Se você amarrar um barbante num bichinho de pelúcia e movimentá-lo fazendo o ritual de fuga, um filhote, de qualquer raça, ficará excitado para pegá-lo. Dessa maneira, mais importante do que a fisionomia ou a expressão das pessoas, os animais se atém aos rituais de submissão e apaziguamento, de caça e dos jogos eróticos de sedução (hierarquia, alimentação e perpetuação das espécies).

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Olho Seco

O olho seco é uma condição muito vista na rotina clínica. Consiste em uma deficiência na porção aquosa do filme lacrimal, resultando em ressecamento do olho e muitas vezes inflamação do local com produção abundante de secreção. Várias raças são acometidas, sendo o bulldog inglês uma das raças mais comuns. Não há hereditariedade – herança genética do pai ou da mãe – comprovadamente relacionada, assim sua apresentação é individual de cada cão.
Os sinais clínicos apresentados são:
• Secreção ocular purulenta, principalmente ao acordar;
• Hiperemia (vermelhidão) do olho;
• Pigmentação do olho;
• Aparecimento de úlceras de córnea.




O diagnóstico é realizado pelo médico veterinário – de preferência um especialista em oftalmologia – através do exame detalhado do olho. Utiliza-se o Teste Lacrimal de Schirmer que determina quantidade de lágrima produzida, quando a produção é inferior ao mínimo aceitável determina-se a presença do olho seco. Também utilizamos colírios específicos para diagnosticar úlceras de córnea que são uma conseqüência do olho seco.
O tratamento utilizado inclui o uso de colírios por algum tempo enquanto outros são mantidos como uso contínuo. É importante a realização do tratamento corretamente, e fundamental que o colírio de uso contínuo seja mantido, mesmo que o cão melhore e pareça ter seu problema sanado.
O olho seco é uma patologia que tem tratamento, mas não uma resolução definitiva que exclua o uso de colírios ou pomadas oftálmicas. Assim exige uma manutenção constante do filme lacrimal do olho, pois caso as medicações sejam retiradas a deficiência na produção da lagrima irá retornar e o olho seco também.
Foto: bulldog inglês fêmea com olho seco e úlcera de córnea na porção inferior, olho está corado com colírio de Fluoresceína (cor alaranjada) que permite a identificação da lesão na córnea.